Estratégia digital deve estar alinhada aos objetivos do negócio

Estratégia digital: qual é a sua?

Temos falado com frequência sobre os benefícios que os negócios podem obter com o bom uso do Big Data e da Internet das Coisas. Essas vantagens também são usadas em larga escala pelos departamentos de marketing. No entanto, para alcançar a excelência operacional, é fundamental estabelecer vínculos entre as ações executadas em diferentes planos. Ou seja, ter uma eficiente estratégia digital.

Uma corporação é um organismo vivo, composto por pequenas partes que atuam de forma departamentalizada cotidianamente. A estratégia é aquilo que reúne a todos, faz a orquestração dos objetivos e das ações necessárias para alcançá-los. Mesmo em empresas com um planejamento estratégico robusto é possível encontrar falhas nessa harmonização. Na área digital, é comum se deixar levar por novidades tecnológicas, despendendo recursos que nem sempre trazem resultados compatíveis.

Como qualquer outra engrenagem do negócio, a estratégia digital deve estar vinculada aos objetivos primários da organização. Quais as metas que a empresa quer atingir? Quais as ferramentas necessárias para isso? Como e por quem devem ser usadas? Como os resultados devem ser monitorados? Quem decide correções de rumo, e a partir de quais indicadores? Seja na indústria, seja no agronegócio, comércio ou serviços, essas perguntas são essenciais para que os recursos não sejam desperdiçados.

Estratégia digital: conhecendo o negócio

O primeiro passo para QUALQUER definição de estratégia é conhecer a própria empresa. As peculiaridades do campo de atuação, do corpo funcional, dos produtos oferecidos. Assim, a atuação digital pode servir como um caminho de mão dupla. Ao mesmo tempo que depende desse conhecimento para ser estabelecida, subsidia com suas informações a tomada de decisão.

Um exemplo é o acompanhamento das atividades de venda. Qual o comportamento das equipes? Quais táticas proporcionam melhores resultados? Softwares podem fazer o monitoramento da jornada de compra, ajudando a elaborar a automação em marketing. A compreensão de processos internos ajuda a saber em quais pontos deve ser focada a estratégia digital, otimizando recursos.

Estratégia digital: conhecendo os clientes

O Airbnb recusou-se a viabilizar a hospedagem de participantes de manifesto neonazista realizado nos Estados Unidos. O que isso significa, sob o ponto de vista do marketing? Ao demonstrar seus valores de forma contundente, a empresa também contou com o conhecimento sobre quem são seus clientes. Talvez a aposta seja alta, mas certamente foi baseada no know-how de um negócio que é totalmente digital.

Em outra ponta, a digitalização ainda causa alguma controvérsia no setor bancário. Queremos olhar no olho do gerente quando temos algum problema em nossa conta. Por outro lado, ter todos os serviços disponíveis no celular é uma mão na roda. Para lidar com essa questão, os bancos têm investido no marketing do benefício. Uma das questões, nesse caso, é superar a desconfiança que muitos usuários ainda têm com a internet. Para isso, vender a segurança dos sistemas tem sido a opção.

Não importa qual seja a área de atuação, a organização precisa compreender o(s) perfil(is) de seus clientes. Só assim poderá criar uma estratégia digital que, estando alinhada aos objetivos, obtenha efeitos reais na hora da venda.

Estratégia digital deve estar alinhada aos objetivos do negócio

Estratégia digital: conhecendo a tecnologia

Cada negócio ou setor tem suas demandas. Para saber como resolvê-las, é preciso dar atenção ao que o mercado oferece e o que tem funcionado na prática. Um bom hábito: ter um canal que permita conhecer novos fornecedores. Outro: estar de olho no que está sendo desenvolvido nas empresas consideradas de ponta. A ideia não é fixar-se apenas na concorrência. Negócios de outros setores podem apontar soluções que sirva a sua estratégia digital.

Um desafio comum nas ações digitais, por seu histórico curto, tem sido o de compatibilizar tecnologias. Sempre em desenvolvimento, costumam se tornar limitadas ou obsoletas muito rapidamente, gerando custos altos na adaptação a novas ferramentas. Não temos bola de cristal para saber o que vem pela frente, mas, antes de fazer algum investimento de maior porte, esteja atento se o mercado não está seguindo rumo diverso ao que você pretende implantar. Ou mesmo se a tecnologia já não está superada…

Sete dicas para ter sucesso na estratégia digital

  1. Invista na automação em marketing, mas não esqueça de atuar de forma personalizada. Para isso, é preciso conhecer o consumidor, suas motivações e preferências. Dentro do possível, garanta que ele seja sempre respondido.
  2. Lembre-se que, na rede, a concorrência se dá de forma diversa, desterritorializada. O comércio e a indústria nacionais competem com os produtos que podem ser comprados diretos da China. Novamente, é conhecendo os compradores que se descobre quem pode fazer frente ao seu negócio.
  3. Diversifique, mas não perca o foco! A facilidade para oferecer novos serviços on-line muitas vezes leva as empresas a perderem tempo e dinheiro com atividades paralelas. NUNCA perca de vista a estratégia e a priorização de recursos. Ofertar mais serviços ao cliente não significa ser mais eficiente.
  4. Não se deixe levar por modismos. Esteja aberto à inovação, mas lembre-se que um novo investimento pode ter baixo custo imediato, mas significar perdas no futuro. Não por ser digital a estratégia deve deixar de ser sólida.
  5. Aposte em equipes diversas. Criativos, nerds, gestores e colaboradores do nível operacional, em diferentes perspectivas, podem contribuir para a definição da atuação on-line. Defina claramente quem vai liderar o barco e ser responsável pelos resultados, mas procure escutar a todos.
  6. Priorize as áreas que podem ser mais beneficiadas pela tecnologia. Sabemos que nenhuma empresa tem recursos para fazer tudo que gostaria. Estudos prévios ajudam a entender quais serão os impactos de diferentes ferramentas. Nessa hora, valer-se de benchmarking pode ajudar a decidir.
  7. Sempre considere o impacto interno das ações. O setor está preparado para assumir nova tarefa? A equipe tem treinamento? Como a nova peça de marketing vai ser vista pelos colaboradores? O corpo funcional é um dos principais vetores de sucesso (ou fracasso) da organização. Observe, escute e respeite.

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Edição: Svendla Chaves – jornalista

Imagens: William Iven e StartupStockPhotos/Pixabay