Gestão baseada em dados dá suporte confiável a decisões

Gestão baseada em dados é essencial na transformação digital

O maior desafio para as empresas hoje é oferecer a seus clientes produtos inovadores – antes que a concorrência o faça. Para ter essa capacidade sem comprometer o orçamento com iniciativas frustradas, basear-se em informação segura é o caminho mais adequado. É aí que gestão baseada em dados (data-driven) dá suporte à transformação digital: com informações confiáveis geradas na própria organização.

Big Data e Analytics ajudam a produzir conhecimento sobre tendências do mercado e de consumo. Usando análise preditiva, as organizações podem ter sua gestão baseada em dados para chegar a oportunidades potenciais. Se você conhece bem os seus clientes e o que está em ascensão no seu setor, coloca-se à frente da concorrência na hora de aderir à transformação digital.

Como não nos cansamos de repetir, o valor não está no software ou na máquina adquirida. A tecnologia só se traduz em ganho quando oferece valor ao cliente ou ao processo. Ou seja: quando proporciona satisfação ao cliente. Assim, a gestão baseada em dados é ferramenta poderosa para saber quais as necessidades dos seu público e como satisfazê-las.

No Brasil, cerca de um quarto da população compra pela internet – essa proporção supera 70% no Reino Unido. Mesmo quem ainda prefere fazer a compra na loja, utiliza diversos recursos on-line para subsidiar suas decisões. Com o omniconsumidor, é impossível para qualquer negócio ignorar a transformação digital. A entrada da geração de nativos digitais no mercado vai deixar de fora aqueles que se recusarem a evoluir.

Aspectos críticos da gestão baseada em dados

  • Não é de hoje que as empresas estão atentas ao valor dos dados. Sua gestão, no entanto, historicamente é feita de forma setorizada, em áreas como TI ou marketing. Para que a gestão baseada em dados seja eficiente na transformação digital, é preciso que ela seja transversal na organização. É uma mudança na mentalidade e na cultura da empresa.
  • É fundamental investir em estrutura e treinamento que permitam coletar e processar dados com qualidade. Só assim as informações serão confiáveis, atualizadas e terão as características necessárias para embasar a tomada de decisões. Entre as ferramentas necessárias, capacidade de armazenamento de dados e aplicações de Big Data adequadas ao negócio. Em treinamento, vale lembrar: a cultura de dados é extensível a toda a empresa.
  • A gestão baseada em dados deve estar profundamente alinhada à estratégia do negócio. Big Data e Analytics vão perpassar todas as atividades e processos, fornecendo conhecimento que subsidie propósitos e deliberações. Isso inclui líderes que abram mão do “feeling” e manifestem no dia a dia sua confiança nos dados.
  • Relatório da Forbes realizado em 2017 aponta que 71% dos executivos entrevistados, de várias indústrias, afirmaram que ao menos metade de suas decisões incluem Analytics. Os dados são usados por 60% dos executivos de finanças para ajudar a conduzir o planejamento estratégico de longo prazo. No entanto, 27% ainda sentem que a falta de preparo é um grande impedimento para a gestão de dados.

Gestão baseada em dados dá suporte confiável a decisões

Big Data e inteligência artificial

Em 2020, cerca de 40% das ações de transformação digital e 100% das iniciativas de Internet das Coisas na Europa envolverão capacidades cognitivas, de inteligência artificial e robótica. A competitividade das empresas dependerá da implantação de sistemas baseados em inteligência artificial e Big Data. Como essas duas áreas se relacionam?

O Big Data é o combustível da inteligência artificial. A aprendizagem da máquina (machine learning) se dá por meio do processamento de grande quantidade de dados. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessa tecnologia permite a análise de uma quantidade cada vez maior de informações. Assim, os dois sistemas se retroalimentam.

É dessa forma, por exemplo, que funcionam os chatbots. Sistemas de inteligência artificial alimentados com dados permitem que a máquina converse com o cliente. São capazes de interpretar o que foi dito e dar respostas coerentes, além de estar aprender mais em cada interação. Por outro lado, também armazenam informações que avolumam o Big Data. A mesma lógica pode ser aplicada na saúde: prontuários eletrônicos associados a inteligência artificial podem fazer análises preditivas valiosas para o paciente e para os profissionais da área.

Lean e gestão baseada em dados

O mercado já está de olho em profissionais qualificados para a gestão baseada em dados. Pesquisa do Business Higher Education Forum e da PwC aponta que nos Estados Unidos, em 2020, competências em ciência e análise de dados serão exigidas de grande parte dos gestores: 59% dos empregadores afirmaram que essa habilidade será necessária a todos os gestores de finanças e contabilidade; 51% disseram que para todos os gerentes de marketing e vendas; 49% para todos os líderes executivos; e 48% para todos os gerentes de operações.

Sem medir não se gerencia, e os indicadores são essenciais para comprovar melhorias nos resultados. Essa assertiva tem a ver com gestão baseada em dados, mas também é fundamental no conceito do Lean Six Sigma. Para saber o que é valor para o cliente, é preciso conhecê-lo: Big Data tem tudo a ver com isso. É por isso que a filosofia Lean tem forte relação com a transformação digital. Em ambos os casos, a mudança de mentalidade é prerrogativa para que qualquer empresa possa alcançar a excelência operacional.

A perspectiva da melhoria contínua também tem relação direta com o avanço tecnológico. Aprender a aprender é um quesito para quem quer manter-se em dia com as tendências do mercado digital. Utilizar-se das ferramentas de Big Data, inteligência artificial, entre outras, associando a filosofia estimulada pelo Lean, é o melhor caminho para alcançar resultados consistentes, que garantam o crescimento e a sustentabilidade da empresa.

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Edição: Svendla Chaves – jornalista

Imagens: Gerd Altmann/Pixabay