Storytelling e a arte de contar histórias

Seja para captar clientes, seja para estimular o público interno, uma empresa sempre tem como missão engajar pessoas. Com frequência somos absorvidos pelos números, máquinas, papéis e nos esquecemos que o capital humano é nosso bem mais importante. Nesse caminho incerto para conquistar corações e mentes, a arte de contar histórias tem um valor substancial. É por isso que a técnica de storytelling se caracteriza como uma ferramenta fundamental na estratégia empresarial.

Contar uma história é a forma mais fácil de fazer com que alguém entenda o que você está falando. É por isso que, quando precisamos explicar algo, naturalmente recorremos a exemplos práticos que permitam ao outro visualizar o tema. Você se lembra das primeiras aulas de matemática na escola? “João tem duas maçãs, Maria tem três…” Esse é um caso em que contar uma história ajuda a tangibilizar algo que depois parece tão simples quanto 2+3.

Entretanto, o storytelling não serve apenas para esclarecer questões abstratas por meio da prática. Sob a ótica do marketing, é um instrumento poderoso para comunicar e engajar pessoas. Uma informação dura e fria tem menos poder de convencimento que uma história bem contada. Ao ouvir uma história, nossos cérebros a conectam com nossas emoções, gerando empatia e envolvimento. Assim, lembramos mais facilmente de uma narrativa que de uma fórmula ou conceito: porque fomos captados por ela.

Como colocar o storytelling em prática na empresa

Toda interação humana é recheada de histórias. Na base de uma empresa, temos a história de como ela foi criada, como se desenvolveu e chegou até aqui. Temos as histórias do mercado, dos colaboradores, de cada negócio realizado. Os cases de clientes e empresas também são um bom exemplo das histórias que criamos e contamos para explicar o que fazemos, ou como se caracteriza um setor ou tendência.

Essas narrativas se formam sem que precisemos agir. Por outro lado, quando desenvolvemos a capacidade de percebê-las, adaptá-las, reproduzi-las, podemos usar esses elementos como ferramentas de marketing. Podemos ainda criar novas histórias, que nos ajudem a comunicar aquilo que está em consonância com a estratégia da empresa.

Uma história sempre tem: personagens, conflito, resolução. Pode ser fechada e pontual, como quando damos um exemplo de uso de uma máquina. “O funcionário X queria usar a impressora, ela não funcionava, ele fez isso e aquilo, assim pôde concluir seu trabalho.” Também pode ser aberta, como as peripécias de heróis que vão vivendo aventuras ao longo do tempo. Esse é o caso do marketing de muitas empresas, que usam personagens para identificar a marca. As redes sociais são um campo interessante para trabalhar histórias mais longas.

Para identificar como e onde as narrativas podem ser úteis para o seu negócio, é essencial conhecer seu público. Diferentes grupos absorvem histórias de maneiras diversas. O próximo passo é definir qual a mensagem que você quer transmitir. Vender um produto? Conquistar leads? Estimular o público interno? Treinar pessoas? O objetivo e o público ajudam a delinear que formato essa história terá. Você quer transmitir valores ou levar as pessoas à ação? Quer educar ou incentivar o trabalho em grupo?

Aposte no storytelling visual

Storytelling visual comunica e emociona

O marketing digital evoluiu muito nos últimos anos, e com ele o storytelling visual. Já se sabe que o cérebro humano tem mais capacidade de guardar informações visuais que de texto. As imagens também têm mais poder de provocar emoções, que são a base do engajamento. Quando você quer entender como uma máquina funciona, prefere ler o manual de instruções ou ver um vídeo no YouTube?

Imagens vívidas ou comoventes, que remetam o público a suas próprias experiências, funcionam melhor que textos descritivos. Na narrativa visual, o impacto é maior – e também mais rápido. A primeira impressão sobre uma imagem ou vídeo define como o receptor vai entender a mensagem, e mesmo se vai interessar-se por ela. Dessa forma, é preciso dar ainda mais atenção à história que se quer contar, à impressão que essa história vai causar no público.

No storytelling visual, há inúmeros recursos que podem atuar em seu favor. Cores e movimento, em vídeos ou gifs, ajudam a chamar atenção e evitar que o conteúdo se torne tedioso. Infográficos, como este que apresentamos acima, do Info Graphic Design Team, também são valiosos e facilitam a compreensão das informações. O importante é encontrar a forma mais adequada para que cada público “compre” a sua mensagem.

Storytelling e business intelligence

A prática de storytelling tem sido propagandeada pelo marketing, mas também pode ser útil em outras atividades da empresa. Em business intelligence, as histórias adquirem relevância para o entendimento de dados complexos, que à primeira vista se apresentam confusos. Como sempre destacamos, o grande volume de informações hoje disponíveis dificulta sua compreensão, pois é preciso saber filtrar e decidir o que importa e o que não é significativo. Essa é uma dos pontos mais relevantes em data visualization, por exemplo.

Ao elaborar um dashboard, é preciso saber contar histórias. A estrutura de um relatório transmite uma mensagem, não apenas os dados nele presentes. É como uma narrativa: há um ponto de partida, informações mais relevantes, pontos críticos, conclusão. Dessa maneira nosso cérebro registra e avalia os dados, e a partir dessa compreensão toma esta ou aquela decisão. Os analistas de BI precisam ser capazes de encontrar as histórias presentes nos dados, e isso também deve se estabelecer como uma cultura nas empresas.

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Edição: Svendla Chaves – jornalista

Imagens: Freepik e Info Graphic Design Team