Medir, registrar, monitorar, organizar, gerenciar, cruzar, reportar: essas são algumas das ações que estão envolvidas nas atividades de Business Intelligence (BI). Se há mais duas décadas as empresas começaram a compreender que as informações geradas em seus negócios podiam se tornar ativos valores do empreendimento, nem todas conseguiram ainda extrair destes ativos seus melhores resultados. Milhares de profissionais de TI, estatística e matemática têm dedicado esforços à elaboração de ferramentas que consigam dar conta da produção de dados – mas esta produção também está em constante crescimento, exigindo adaptações a cada nova tecnologia desenvolvida.
O grande desafio continua sendo o mesmo: como usar o Big Data para gerar vantagens competitivas para o seu negócio? A resposta para essa pergunta está diretamente relacionada à capacidade de organização e seleção dos dados obtidos de variadas fontes. Nessa etapa, um passo é fundamental: os dados precisam de “limpeza”, clareza e integração.
Alguns conceitos precisam ser compreendidos para alcançar esse objetivo:
Data warehouse: consolida diferentes bancos de dados, limpando e integrando informações para entregar a diferentes usuários na empresa, conforme suas necessidades para tomada de decisões. É desenvolvido de forma personalizada, de acordo com a estrutura de dados existente e necessária em cada negócio. Para uso em diferentes áreas internas, divide em Data Marts, pequenos depósitos de dados segmentados para utilização em diferentes aspectos, como financeiro, marketing, etc.
ETL: estas ferramentas são usadas para extrair, transformar e carregar (ETL, do inglês Extract, Transform and Load) dados de diferentes fontes para integração no data warehouse. Fazem a coleta de informações em diferentes sistemas (tabelas ou textos), limpam e traduzem valores codificados e realizam tarefas de cálculo ou cruzamento de informações e carregam os resultados no data warehouse.
Gerenciamento de dados mestre: o MDM (do inglês Master Data Management) trabalha com os dados críticos do negócio, que são o pano de fundo dos dados transacionais, estes últimos ligados às operações realizadas pela empresa. Os dados mestres são aqueles que dizem respeito à base do negócio, como produtos, clientes, locais e listas de preços. O gerenciamento diferenciado desses dados permite uma gestão inteligente das informações, evitando trabalhos mais árduos de correção e adaptação.
Ferramentas de ETL
Muitas ferramentas (tools, em inglês) oferecem diferentes recursos, que devem ser avaliados conforme as necessidades da empresa e suas fontes de dados. Diferentes desafios podem fazer parte dessa escolha: desde a capacidade de análise e armazenamento de dados pelas ferramentas, passando pela possibilidade de apoio a MDM, até a facilidade de integração em fusões e aquisições – e no relacionamento com outras empresas, clientes ou fornecedores.
A Gartner, consultoria internacional líder em pesquisa sobre tecnologia, publica anualmente seu Quadrante Mágico de ferramentas de integração de dados (data integration), no qual avalia fornecedores de software que atuam no setor. Entre os aspectos analisados pelo Quadrante estão capacidades de conectividade e adaptação dos softwares, de transformação e de entrega, bem como suporte à governança de dados. Os fornecedores são colocados em quadrantes que indicam os líderes em abrangência de visão e habilidade para executar.
Conheça os líderes do Quadrante da Gartner 2016
Informatica: a principal ferramenta da Informatica é o PowerCenter. Apesar de apresentar custo mais alto, a Informatica tem se apresentado altamente capaz de se adaptar às necessidades do mercado.
IBM: a IBM vem com o InfoSphere, também já com tradicional destaque. Como ponto forte de suas ferramentas está a diversidade de uso e amplitude de funcionalidades – também de maior custo, tem feito esforços para promover ofertas e preços diferenciados.
SAP: o SAP Data Services e as outras soluções oferecidas pela companhia têm como atrativo o uso amplo, também pelas opções de integração com MDM e governança de dados em todo o ecossistema SAP. Funciona melhor para as empresas que já operam com essa marca.
SAS: com integração Hadoop aprimorada em 2015, o SAS Data Management, assim como outras ferramentas da empresa, oferece estabilidade – e o fornecedor se destaca pelo atendimento. Como ponto a ser observado está o foco da SAS em análise, bem como seu custo alto.
Oracle: a principal ferramenta é o Oracle Data Integrator, que foi alvo de melhorias no último ano e tem a vantagem competitiva de oferecer integração com outros sistemas da marca. No entanto, os usuários apontam que este recurso ainda apresenta erros frequentes.
Talend: o Open Studio da Talend tem como vantagem seu sistema de licenciamento escalonável, que permite investimento progressivo.
Você sabia que a governança de dados é fundamental para a Excelência Operacional? Tire suas dúvidas com a gente!
Edição: Svendla Chaves – jornalista
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.
2 thoughts on “Quais ferramentas de integração de dados servem ao seu negócio?”
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