Quando se fala em sustentabilidade, sempre tem alguém que pensa em abraço em árvore, movimentos ecológicos e coisas do tipo. Embora a sustentabilidade tenha sim um forte aspecto ambiental, ela na verdade é alicerçada por um tripé, formado por people, planet e profit (do inglês: pessoas, planeta e lucro). Pensar na sustentabilidade é pensar em temas sociais, ambientais e econômicos. E isso tem tudo a ver com excelência operacional!
Muitas empresas, quando vão implementar um programa de excelência operacional, pensam no binômio produtividade/qualidade apenas no curto prazo. Assim, investem no aumento de produção de uma planta ou em alguma lacuna de seu processo. Não estabelecem, no entanto, estratégias de longo prazo capazes de manterem a lucratividade do negócio. Dessa forma, os investimentos podem até se pagar no início, mas a empresa perde perspectivas futuras.
O mesmo vale para melhorias que incrementem a satisfação do cliente. Se a relação com o consumidor não for pensada mirando o futuro, os esforços serão desperdiçados. Não adianta ganhar o cliente agora e perder na próxima esquina. Isso seria uma falha de eficiência!
É por isso que excelência operacional e sustentabilidade são conceitos que precisam andar juntos. Devem ser temas transversais em qualquer empresa, permeando atividades e processos de diferentes áreas. O desenvolvimento sustentável busca atender às necessidades que temos hoje sem prejudicar a vida das gerações futuras. Ou seja: garantir que os modelos de negócios praticados atualmente terão condições de ser sustentados no futuro. Sustentabilidade é manter-se vivo e assegurar que os demais também assim seguirão.
Lean, desperdício e sustentabilidade
Como vimos, o lucro está no tripé da sustentabilidade. É natural que uma empresa vise a lucro, ela precisa disto para sobreviver. O pulo do gato está em garantir que esse lucro siga existindo no futuro. Para isso, é preciso propiciar perenidade aos recursos (naturais, humanos e financeiros) que dão sentido ao negócio. E isso certamente é eficiência, é excelência operacional.
Exemplo: uma corporação que arrocha seu fornecedor ao ponto de levá-lo à falência não está prezando pela própria sustentação. Será capaz de encontrar um novo fornecedor que esteja adequado às necessidades? Quanto irá perder nesse processo de recapacitação? Quanto esse fato custará à sua imagem institucional?
Outro: uma indústria que precisa de grande volume de água no processo produtivo e não controla o desperdício. O estresse hídrico que vivemos nos últimos anos já anuncia o que vem por aí. Se você precisa de água para ganhar dinheiro, cuide dela. Além disso, em tempos de vacas magras, qualquer gasto a mais afeta a lucratividade.
Quando se fala em desperdício e falhas de processo, a ferramenta Lean é grande aliada. Ao buscar a melhoria contínua, o Lean auxilia no controle de produção, defeitos e falhas. Além de focar em competitividade e rentabilidade, ajuda a economizar recursos. Tem algo mais sustentável que isso?
A lógica “enxuta” do Lean ajuda a preservar e reciclar recursos como água, energia e matérias-primas; organiza tarefas e atividades, reduzindo o desperdício de tempo e melhorando a rotina das pessoas; e diminui custos, aumentando a lucratividade. Eliminando perdas, aumenta a eficiência e promove a sustentabilidade.
Sustentabilidade e agronegócio
O agronegócio é um setor em que a sustentabilidade é tema sempre presente, seja por seu vínculo estreito com a manutenção dos recursos naturais, dos quais é dependente; seja pela pressão dos mercados, com consumidores mais exigentes e atentos; seja pela relação que estabelece com comunidades locais, dependendo da licença social para operar. Seguindo esses fatores, também a legislação tem pressionado os empresários do campo.
Aspectos como biodiversidade e mudanças climáticas até mesmo colocam em risco o futuro da agropecuária. Para driblar essas dificuldades, o agronegócio tem voltado sua atenção para condições de sustentabilidade e eficiência. Superar restrições ecológicas e socioeconômicas depende da elaboração de processos e práticas que respeitem comunidades e meio ambiente, fazendo mais com muito menos.
Tecnologia, business intelligence e excelência operacional têm sido os principais drivers para que o agronegócio vença alguns desafios. Entre eles, está o alto consumo de recursos naturais. Com técnicas high tech, o campo já produz com menos insumos e com mais respeito ao solo e à vegetação. Essas medidas também trazem mais produtividade e menos gastos. As agritechs ganham espaço nesse contexto de modernização do agronegócio.
O conceito de sustentabilidade pressupõe viabilidade econômica, cuidado ecológico e justiça social, pois uma sociedade mais equilibrada também é sinônimo de prosperidade para qualquer empreendimento. Nesse sentido, o agronegócio, ancorado na excelência operacional, tem muito a ganhar ao apostar no desenvolvimento sustentável.
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Ei, você está envolvido com Tecnologia para Agronegócios – Agritech ? Aguarde novidades vem aí….
Edição: Svendla Chaves – Jornalista
Imagens: Daria Nepriakhina e Mariangela Castro/Pixabay
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.
2 thoughts on “Sustentabilidade e excelência operacional: parceria de sucesso”
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