Ninguém sabe o que será dos mercados, das rotinas e de nós mesmos depois que a pandemia do Covid-19 terminar. No entanto, não há dúvida de que teremos uma sociedade mais digital e a indústria será, na prática, 4.0. Muito além das reuniões por videochamada, que já se tornaram hábito na quarentena, este período servirá como potente aceleração dos processos de transformação digital nas famílias, nas empresas e nos governos.
Os primeiros sinais dessa tendência já puderam ser percebidos no controle chinês da pandemia. Por exemplo: dispositivos de detecção de febre habilitados para inteligência artificial se tornaram grandes scanners térmicos instalados nas estações de trem das principais cidades chinesas. Por outro lado, o governo usa aplicativos móveis para descobrir quem entrou em contato com portadores confirmados de coronavírus.
Nas empresas, a tentativa de isolamento imposta pela pandemia acabou por acelerar a implementação das atividades em home office. O teletrabalho, sem dúvida, estava há cerca de uma década na agenda das empresas, avançando lentamente. Agora todos os setores que podem manter seus colaboradores em casa trataram de agilizar as ferramentas. Resta saber, entretanto, como essa tendência vai afetar a produtividade e a criatividade das atividades laborais.
Transformação em todos os setores
À medida que os países entram em confinamento, as pessoas são forçadas a manter distância social e trabalhar em casa. Assim, as tecnologias digitais se tornam mais cruciais do que nunca. O coronavírus tem desafiado as empresas a se transformarem durante a pandemia. De certa forma, esse empurrão da transformação digital agudiza o que já se sabia: não há escolha, é inovar ou inovar.
A resiliência, a agilidade e a criatividade são essenciais para os negócios se reinventarem. Entregas feitas por drones, lives que substituem eventos ao vivo, serviços prestados por meio de ferramentas digitais. Todo os sistema de educação formal revolucionado em tentativas nem sempre exitosas de ensino a distância. Em suma, essas adaptações necessárias têm levado pequenos e grandes negócios a rever sua atuação no mercado. Certamente não voltaremos ao antigo “normal” quando a pandemia acabar.
Além disso, diante da quarentena, as empresas precisam se tornar digitalmente flexíveis. Processos e ferramentas são requeridos com a finalidade de permitir que as tarefas se realizem com eficiência. Mesmo empresas que resistiram a adotar sistemas mais modernos utilizam agora videoconferência, compartilhamento de documentos, soluções em nuvem. Em contrapartida, é preciso garantir a segurança da informação empresarial, sendo necessários processos flexíveis mas seguros. Inegavelmente, um enorme desafio. Empresas que já tinham esses processos avançados, contudo, estão saindo na frente.
Privacidade e controle na pandemia
A transformação digital acelerada no mundo oriental para controlar a pandemia vem sendo questionada perante situações de hipervigilância. Governos utilizam aplicativos para monitorar pessoas doentes via smartphone. Além disso, tecnologias de rastreamento e geolocalização e sistemas de reconhecimento facial favorecem o controle da disseminação do vírus. Em contrapartida, as ferramentas de vigilância diminuem a privacidade, o que pode dificultar seu uso e difusão.
O governo chinês, sem dúvida, criou o sistema de vigilância mais amplo e sofisticado do mundo. Comprar chips telefônicos, usar as redes sociais ou o transporte público e mesmo comprar alimentos significa utilizar os cartões de identificação emitidos pelo governo. Ademais, 200 milhões câmeras de segurança monitoram a população do país, algumas delas equipadas com tecnologia de reconhecimento facial. Por um lado, o controle da pandemia é facilitado. Por outro, os chineses deixam de ter qualquer privacidade. Estamos prontos para isso? Podemos pagar pela privacidade com a nossa saúde?
Sem dúvida, a transformação digital depende do compartilhamento de informações. Algoritmos e inteligência artificial, para funcionarem bem, precisam do abastecimento feito com nossos dados. Essa discussão, de fato, deverá permear a transformação digital que acompanha e sucederá a pandemia. Isso pode frear seu desenvolvimento – ou, pelo contrário, ocasionar a mudança de paradigmas e legislações.
O que podemos fazer para enfrentar a pandemia?
As respostas para essa pergunta, com toda certeza, variam de setor para setor, de negócio para negócio. Quanto melhor os gestores conhecem a empresa e o mercado, melhor vão poder decidir o rumo a seguir. Da mesma forma, quem agir mais rápido tem mais chances de se destacar. Para isso, é preciso enxergar também para além do seu próprio mercado. Este pode ser o momento de dar uma guinada total em seu modelo de atuação.
Em tempos de pandemia, o cronograma da inovação foi significativamente acelerado. A velocidade é essencial agora, mais do que nunca. Entretanto, evite o pânico e a correria: eles não são bons amigos na hora de trabalhar a mudança. Empresas com gestão baseada em dados estão melhor equipadas para tomar decisões sólidas. Este aspecto, nesse momento, pode ser fundamental para que o negócio se mantenha estável. Os gestores precisam avaliar quais as possibilidades de adaptar-se às novas condições do mercado. Mantenha o ritmo nas mudanças, trabalhe o espírito da equipe e busque a melhoria contínua, o fazer organizado e a excelência operacional.
Para saber mais sobre transformação digital e excelência operacional, fale com a gente! E siga nossos posts no Facebook.
Edição: Svendla Chaves – jornalista
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.