Preparando para o pós-pandemia
Com a crise que se abateu sobre a economia e negócios em decorrência da pandemia do Corona Vírus (COVID19), apesar da manutenção de atividades essenciais nas cadeias de produção e distribuição, as iniciativas de melhorias e ampliações tiveram que ser repensadas ou postergadas. Será fundamental a definição estratégica de como implementar as iniciativas necessárias para conseguir um posicionamento adequado de negócios para a Retomada.
E o ano de 2020 começou. Muitas expectativas, oportunidades e iniciativas sendo elaboradas. Durou pouco. a disseminação do novo Corona vírus tornou-se uma pandemia. O impacto direto nos negócios em todo mundo foi inevitável. Isolamento social, trabalho em home-office, uso de máscaras e manutenção apenas das atividades essenciais. As cadeias de produção e distribuição são muito extensas, e, com muita gente envolvida. Em geral a decisão de imediato foi manter o que está sendo feito e postergar todo o resto. Novos investimentos, novas unidades de produção e até mesmo atividades de manutenção e segurança, relegadas ao “fazer apenas o essencial”.
No entanto sabemos, com certeza, que isto vai passar. Já percebemos alguns sinais de atenuação da transmissão e com várias vacinas de imunização em estágio avançado de desenvolvimento e testes. Desta forma, podemos voltar a repensar os próximos passos. Será fundamental a definição de uma estratégia de retomada, como implementar as iniciativas que posicione a organização de forma competitiva no mercado.
Este processo, que estamos denominando de “Projeto RETOMADA”, como termo consagrado para preparação das empresas na estruturação de suas atividades de retomada, demanda contextualizar a situação:
Onde Estamos
- Apenas atividades essenciais
- Iniciativas de melhorias e ampliações repensadas ou postergadas.
- Restrição de Recursos Internos
O Que Precisamos
- Plano com definições estratégicas
- Foco no mercado e concorrência
- Posicionamento adequado para a RETOMADA
- Elaboração do Plano de forma ágil e rápida
- Expertise na avaliação e priorização
- Conseguir diferencial competitivo
- Antecipação e ação
Este trabalho pode ser estruturado em cinco passos, a serem elaborados em conjunto com os responsáveis das áreas envolvidas, na definição de um Plano Estratégico para dar maior assertividade nas ações a serem tomadas nesta fase de recuperação da operação plena e com foco no mercado.
Portanto estes cinco passos seriam:
- Identificação de necessidades / oportunidades: escopo base sobre as oportunidades e necessidades por área (segurança, manutenção, operação, engenharia, construção, suprimentos,)
- Priorização: classificação e hierarquia de implantação
- Cronograma macro de implantação
- Confirmação de Escopo Base e Elaboração de Estimativas Iniciais
- Fluxo de Caixa de Investimentos
PASSO 1: Para cada situação teremos necessidades diferentes, dependendo do estágio de atualização das plantas produtivas e da infraestrutura de armazenagem e distribuição da Empresa. Neste momento caberá aos líderes discutir e levantar com os responsáveis de cada área, tais como segurança, manutenção, operação, engenharia, construção e suprimentos, a lista das necessidades/oportunidades de melhorias que farão ter um posicionamento adequado na retomada, consolidando diferenciais competitivos para as demandas de mercado.
PASSO 2: Melhor do que uma correta identificação de oportunidades e necessidades a serem trabalhadas em cada situação, será muito importante a correta priorização das ações levantadas. Como sempre, será muito difícil fazer a implantação de todas as melhorias levantadas simultaneamente, por razões de disponibilidade de recursos, como também, por questões operacionais de travar setores da produção, ou, para que uma melhoria não bloqueie a realização de outras.
Nesta etapa devemos usar ferramentas de priorização, como uma Matriz de Priorização por Comparação Par a Par, que possibilita fazermos a comparação direta entre todas as possíveis iniciativas em comparação direta entre si, e assim pontuando as iniciativas que se sobrepõem às outras. Também poderemos aplicar a comparação de iniciativas de maneira mais detalhada, com a utilização de Fatores de “Ranking”, ou Fatores de Ponderação, para cada uma das características escolhidas objetivando a classificação. Como resultado, além da priorização das iniciativas é possível identificar aquelas que teriam maior impacto, como também, aquelas que teriam maior facilidade de implantação.
PASSO 3: Com as indicações de priorização poderemos agora pensar em gerar um cronograma de implementação das iniciativas e assim montar um Plano Master de implementação. Por certo que nossa expectativa é de que estas ações sejam iniciadas tão logo possível, no entanto, é razoável imaginar que este plano só possa ser de fato iniciado após um prazo adequado para preparação.
PASSO 4: Para esta etapa deveremos confirmar o Escopo Base de cada uma das iniciativas e providenciar a elaboração de Estimativas Iniciais e identificação dos recursos necessários para a sua implantação. Dependendo das iniciativas identificadas será necessário a aplicação maior de recursos, com o apoio da engenharia e suprimentos, para que a Estimativa de implantação seja bem elaborada. Nesta fase não se espera uma precisão muito grande nas estimativas, no entanto é fundamental não ficarmos apenas com valores “best guess” e sim partirmos de um escopo base, lista de equipamentos principais, custos de serviços de engenharia e construção, etc., que possam dar mais confiabilidade para os valores estimados.
PASSO 5: Após este trabalho de Elaboração das Estimativas das iniciativas selecionadas e, com base no cronograma Master de Implantação, poderemos gerar um Fluxo de Caixa de desembolso para o Projeto Retomada e assim definir o volume de recursos financeiros necessários para a sua implantação.
Todas as empresas terão que fazer um exercício de desenvolvimento para retomada do trabalho de forma ágil e rápida. Apesar da restrição de recursos internos e incerteza de mercado, é muito importante ter condições de executar uma avaliação adequada e uma priorização assertiva, com profissionais experientes, para dar às empresas um plano adequado de retomada e não perder participação no mercado e continuar competitiva.
AUTOR:
WILSON JOSÉ RAMOS, PMP
Engenheiro Civil com Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos pela USP;
Primeiro Brasileiro certificado PMP.
E-mail: [email protected]
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/wilson-ramos-464700/
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.