Os fundamentos da qualidade total remontam ao início do século passado – e ainda assim alguns de seus instrumentos são poucos explorados pelas empresas brasileiras. Resultado da interação entre Japão e Estados Unidos na busca pelo avanço industrial no pós-Guerra, as 7 ferramentas da qualidade foram organizadas na década de 1960 pelo japonês Kaoru Ishikawa e são incorporadas pelo Lean Six Sigma.
Embora seu objetivo inicial fosse facilitar o controle de qualidade na indústria, as ferramentas se utilizam de recursos gráficos e estatísticos que podem ser usados em qualquer área de gestão, até mesmo na vida pessoal. De rápida visualização, dão agilidade à análise e interpretação de dados – e podem ser a solução que faltava para apontar os gaps do seu negócio.
1. Fluxograma
Representação gráfica de um processo, é a ferramenta mais básica de controle, que permite acompanhar e corrigir desvios. Mapeia todos os passos de cada processo, assinalando com símbolos as diferentes operações – essa medida facilita a orientação da equipe e ajuda a identificar em que etapa as atividades eventualmente saem do rumo.
2. Folha de verificação
Medir, medir, medir! E da forma mais simples possível. Para isso servem as folhas de verificação, instrumentos que têm como vantagem a facilidade de manuseio e podem ser usados por qualquer colaborador da empresa, a partir de formulários impressos ou digitais. A ideia aqui é contabilizar a produção, as não conformidades e o que mais for necessário para melhorar o processo. O documento deve considerar um período de tempo (semanas, meses) e as variáveis que precisam ser medidas, como número de produtos manufaturados, ocorrência/causa de falhas ou padrões de serviços. A partir da folha de verificação, será possível apontar melhorias nos itens críticos, como prazos de entrega ou defeitos recorrentes.
3. Histograma
Sabe aqueles gráficos bonitinhos do Excel? Também podem servir para fazer o controle estatístico dos dados levantados na empresa, de forma prática e de fácil visualização. Os histogramas são gráficos de barras que mostram a frequência com que um evento ocorreu no tempo. Por exemplo: podem acompanhar a evolução de reclamações de clientes ao longo do ano; a frequência de faltas de funcionários; ou o número de pedidos de um determinado produto.
4. Diagrama de causa e efeito
Criado por Ishikawa, esse diagrama também leva seu nome – e o apelido “escama de peixe”, por sua representação gráfica. A ferramenta resume as possíveis causas de uma dificuldade, a partir da problematização feita em equipe. Quanto mais gente participar de sua preparação, mais insights serão obtidos, o que aumenta as chances de se descobrir as causas mais relevantes de um gargalo na empresa. Confira um case de aplicação do método na diminuição do tempo de permanência de veículos em uma usina, elaborado por equipe da Unesp.
5. Diagrama de dispersão
Ok, você já diagnosticou que tem um problema em determinado processo e levantou as possíveis causas. Como medir a que tem mais influência no resultado? O diagrama de dispersão permite a comparação entre diferentes variáveis, com o cruzamento de informações. As compras de clientes externos está diminuindo: compare com a variação cambial e com o histórico de tempo de entrega. A produção de uma peça está irregular: confronte com o índice de perdas e com a variação de temperatura na fábrica.
6. Diagrama de Pareto
O princípio de Pareto, também conhecido como 80-20, inspirou o conceito da Cauda Longa e, entre outros aspectos, aponta que 80% dos problemas são causados por 20% dos fatores. Com as análises corretas, é possível estabelecer a priorização das falhas e também de suas causas, atuando com maior ênfase nas soluções que oferecerem maiores resultados.
7. Gráficos de controle
Após identificar operações e fatores críticos no processo, é possível selecionar o gráfico de controle mais adequado para acompanhamento. O objetivo aqui é monitorar resultados e promover a melhoria contínua conforme o passar do tempo. Nos gráficos de controle, são desenhados os limites de variabilidade aceitáveis, definidos de forma estatística.
As 7 ferramentas da qualidade podem ser acompanhadas de outros instrumentos e também utilizadas conforme as peculiaridades do seu negócio – conheça casos de aplicação na indústria têxtil, no setor de autopeças e no segmento de hastes flexíveis. O importante é sempre lembrar que medir é o primeiro passo para alcançar a excelência em qualquer processo ou empresa.
Quer saber mais sobre Excelência Operacional, entre em contato.
Edição – Svendla Chaves – Jornalista!
[et_bloom_inline optin_id=”optin_4″]Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.
4 thoughts on “As 7 ferramentas da qualidade: chaves úteis para o seu dia a dia”
Comments are closed.