Ao utilizar a estatística na gestão de negócios, garantimos resultados baseados na matemática, e não em “achismos”. O Controle Estatístico de Processos traz como principal ferramenta os gráficos de controle, instrumentos que acompanham o desempenho dos processos. Fundamentais para gestão da qualidade, os gráficos de controle são fáceis de usar, bastando conhecimento básico de estatística.
Operações e fatores críticos devem ser previamente reconhecidos para permitir o acompanhamento das variáveis mais relevantes. O objetivo é identificar quando e onde cada processo está se desviando do curso normal. Para isso, são estabelecidos limites (superior e inferior) que designam a variação aceitável nos gráficos de controle.
Para que o uso do controle estatístico seja eficiente, é preciso que a liderança esteja comprometida com a estratégia. Será seu papel promover treinamento e engajamento das equipes. Um trabalho prévio pode promover a sensibilização do grupo para a importância de diminuir a variação no processo.
Preparando a casa para as cartas de controle
Também denominados cartas de controle, os gráficos devem ser elaborados a partir de informações relevantes, para evitar perda de tempo. Para isso, é preciso antes conhecer quais processos são nevrálgicos e precisam de atenção. As demais ferramentas da qualidade são extremamente úteis nessa hora.
É necessário ainda conhecimento de estatística para definir quais características do processo serão acompanhadas. No caso de produtos, por exemplo, na indústria ou no agronegócio, podem ser avaliados peso, dimensão, entre outros fatores. Em serviços, a conformidade de um resultado a partir de uma variável de qualidade, por exemplo. Também podem ser consideradas as médias de variação, sua amplitude e desvio padrão. Só uma análise detalhada do objetivo a se atingir poderá apontar qual deve ser o fator de controle.
Como criar gráficos de controle
O uso de gráficos de controle está ancorado na coleta de dados de um processo, bem como na definição de parâmetros estatísticos. O cálculo de limites superior e inferior deve ser acompanhado da média esperada. Essas linhas serão plotadas no gráfico de acompanhamento, que será preenchido a partir dos dados recolhidos numa série temporal. Os intervalos de acompanhamento (hora, dia, semana) vão depender das características do processo.
Quando forem identificados pontos fora dos limites de controle, se acende o alerta para a gestão. Por que esse ponto saiu da tendência? Que erro motivou a variação? Com que frequência ela ocorre? A observação proporcionada pelos gráficos de controle permite maior objetividade e rapidez na tomada de decisão. O tratamento das dificuldades encontradas dá lugar a produtos e serviços mais conformes à necessidade dos clientes.
Vale lembrar que o Controle Estatístico de Processos (CEP) só obtém sucesso quando a empresa está corretamente preparada para ele. Gerência, engenharia, controle de qualidade, operação: todos devem trabalhar de forma integrada para alcançar os melhores resultados.
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Edição: Svendla Chaves – jornalista
Imagens: Gerd Altmann/Pixabay
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.