A transformação digital (do inglês digital transformation) é muito mais que apenas a introdução de avanços tecnológicos em nossos empreendimentos: é uma mudança radical de paradigmas que está modificando a forma de se fazer negócios. Não há empresa, segmento ou mercado que esteja imune às metamorfoses trazidas por essa inevitável evolução.
Desde a descoberta do fogo, as novas tecnologias alteram a maneira com que o homem se relaciona com seu entorno, como estrutura sua vida e, nas eras modernas, como desenvolve seus negócios. Em alguns momentos, as novidades vêm na forma de pequenas descobertas ou invenções que apenas incrementam alguma atividade. Em outras fases, as inovações transfiguram o funcionamento da sociedade, como aconteceu com a produção mecanizada, que gerou a primeira Revolução Industrial e deu nova cara ao planeta.
Os avanços tecnológicos, no entanto, são apenas a ferramenta para que as ebulições ocorram. Estudo publicado em 2015 pela MIT Sloan Management Review, em parceria com a Deloitte, apontou que a estratégia, e não a tecnologia, é que guia a transformação digital. “O poder de uma estratégia de transformação digital reside no seu escopo e nos seus objetivos. Organizações que são menos maduras digitalmente tendem a se concentrar em tecnologias individuais e focam estratégias operacionais. Nas organizações mais maduras, as estratégias digitais são desenvolvidas de olho na transformação do negócio.”
A pesquisa ainda reforça: empresas nos estágios iniciais da maturidade digital têm dificuldades de avaliar como as tecnologias podem afetar o negócio; e estratégia, cultura e liderança são os aspectos fundamentais para fazer essa transformação.
Uma nova experiência
Em curso, a transformação digital não se limita ao comércio eletrônico ou à transição do papel para a nuvem – especialistas questionam mesmo se o termo “digital” é adequado para tratar o fenômeno, já que muito em breve os limites entre “digital” e “físico” não farão mais sentido. Principal ponto de atenção do mundo dos negócios para a próxima década, a digital transformation tem efeito sobre a forma de se criar e manter empresas, produtos e serviços, de se relacionar com os públicos de interesse e de fazer os recursos circularem.
É assim que o Uber revoluciona o serviço de táxis; o AirBnb assusta a indústria hoteleira; e o Nubank pode se tornar a primeira startup unicórnio brasileira, ao transformar um produto tão clichê como o cartão de crédito. O consumidor não obtém algo novo, que ele não conheça – o que se inova é a transação, a relação, o benefício, ou seja, o jeito de vender, ou a experiência negociada.
Modelos de negócio consolidados são ultrapassados e mesmo derrubados por pequenas e ágeis empresas que fazem o mesmo, mas de um novo jeito. Assim as fintechs oferecem serviços financeiros com mais eficácia que os bancos; assim também, muito em breve, o Terrafugia TF-X pode mudar o que compreendemos como transporte pessoal.
As oportunidades da transformação digital
A escola de negócios do MIT já havia publicado, no começo da década, junto com a Capgemini, um roadmap sobre como alcançar a maturidade digital, com os elementos de uma transformação de sucesso, a partir da experiência de 157 executivos de 50 grandes companhias.
Segundo a pesquisa, são nove os elementos que estão sendo redesenhados pelas empresas, em três grandes áreas (veja a seguir). Eles não podem nem devem ser encampados simultaneamente, pois é impossível trabalhar de forma eficiente com tantas mudanças. O melhor caminho é priorizar os têm mais relevância para o seu negócio, mantendo o monitoramento dos outros elementos para não ficar fora do mercado.
1. Transformando a experiência do cliente
– Compreensão sobre o cliente: avaliação de comportamento em mídias sociais, análises geográficas e de mercado e marketing digital são alguns dos meios utilizados para entender o consumidor e trabalhar as marcas de forma segmentada.
– Crescimento de vendas: as novas possibilidades tecnológicas são utilizadas como ferramentas para potencializar o relacionamento com o cliente e aumentar receitas.
– Pontos de contato com o cliente: com a multiplicação de canais, o consumidor pode resolver suas necessidades de forma digital, de maneira mais ágil para ele e mais barata para a empresa.
2. Transformando processos operacionais
– Digitalização de processos: as pessoas se ocupam de atividades mais estratégicas, e a automação dá conta de tudo que pode ser feito por máquinas e sistemas.
– Desenvolvimento profissional: com o trabalho on-line, a comunicação fica mais rápida e as equipes ganham com o contato horizontalizado.
– Gestão do desempenho: a transformação digital está realmente mudando o processo de tomada de decisão estratégica, com gestão orientada por dados e transparência operacional.
3. Transformando o modelo de negócio
– Negócios digitalmente modificados: não se trata de mudar a forma como se gerencia a tecnologia, e sim a forma como se faz negócios a partir das necessidades do cliente e das possibilidades oferecidas pelas ferramentas.
– Novos negócio digitais: novos produtos ou serviços complementam a atividade original.
– Globalização digital: as empresas deixam de ser multinacionais e se tornam globais. Utilizam serviços digitais de forma integrada e têm mais agilidade na tomada de decisão.
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Edição: Svendla Chaves – jornalista
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.
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