Qual o valor dos dados?

Para administrar com excelência, é preciso informação. Esse paradigma, já consolidado no meio empresarial, é o responsável pela disseminação das práticas de business intelligence, que tanto têm auxiliado os gestores a compreender clientes, equipes e processos; talvez o grande lance seja o que se pode antecipar e/ou prever com a análise correta desse “ativo”. Se o conhecimento é a base para a criação e a melhoria dos negócios, quanto valem os dados que geram esse conhecimento? Como atuar para fazê-los valer ainda mais?

Como “dados” se entende todas os inputs que são trazidos ao negócio por diferentes canais e ferramentas. Podem ser elementos trazidos pelos clientes, de suas preferências, hábitos, características; podem ser dados provenientes de processos e equipamentos, como registros e sensores; também podem ser bases externas, adquiridas para dar conta de um mercado. Os dados podem ser quantitativos ou qualitativos, estruturados ou não estruturados, numéricos ou textuais, não importa: todos eles podem fornecer conteúdos significativos para o seu negócio.

O desafio, assim, é descobrir como melhor gerenciá-los, para que agreguem valor e não sejam apenas uma distração. Diferentes empresas terão diferentes necessidades. No setor industrial, alguns tipos de dados ganham relevância, especialmente aqueles relativos ao controle da produção e dados demográficos dos clientes.

Também os sensores são grandes aliados na manufatura: o desenvolvimento tecnológico e a Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things) permitem que cada vez mais os parques industriais se tornem interligados e inteligentes. Os sensores aplicados aos produtos podem ainda informar como e quando estão sendo utilizados, agregando um conhecimento inimaginável ao aperfeiçoamento de novas peças, produtos e processos.

Exemplos de dados que são úteis no setor manufatureiro:

  • Controle de matéria prima
  • Funcionamento da planta (produção, velocidade, falhas)
  • Volume de produção e estoques
  • Qualidade dos produtos, defeitos, etc.
  • Informações transacionais (ERP, CRM, finanças, logística, marketing, etc.)
  • Perfil e comportamento do consumidor
  • Comportamento do mercado e sazonalidade
  • Condições climáticas e outros fatores ambientais
  • Questões legais

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 O preço do intangível

Na era da informação, não é à toa que algumas das empresas mais valiosas do mundo estão apoiadas em ativos intangíveis. É impossível pegar na mão o que oferecem Google e Facebook, ainda nossos smartphones sejam alegorias dos serviços prestados por essas empresas. Quais os ativos do AirBnb e do Uber?

Todos esses players jogam com dados – são os dados que lhes dão os altos valores de mercado que exibem nas listas das empresas mais poderosas e também daquelas que terão poder em um futuro próximo. Um cálculo simples nos ajuda a entender essa lógica: se você faz suas compras sempre em um mesmo supermercado, com um cartão de fidelidade, já parou para pensar o quanto esse empreendimento sabe sobre você, seus hábitos e preferências? Não vamos nem falar no tanto que o Google conhece a nosso respeito…

Toda essa informação é hoje o bem mais valioso de nosso mercado, porque é ela que está predizendo o futuro e as melhores formas de investir e multiplicar recursos. Se sabemos o que está acontecendo, sabemos onde colocar nossas moedas. Quem não quer conhecer o resultado da loteria uma semana antes de o sorteio acontecer?

A ciência para explicar o quanto vale toda essa informação, no entanto, ainda falha. É difícil saber quanto tempo esse valor se mantém (os dados que hoje são importantes, amanhã podem deixar de ser) e estar preparado para as variações desses ativos intangíveis, que oscilam conforme a compreensão do mercado.

Seja como for, são essas informações que podem direcionar o sucesso ou o fracasso de sua empresa amanhã. Dados de qualidade, geridos a partir de governança de dados e padrões de qualidade, sempre serão mais estáveis, confiáveis e valiosos – ainda mais quando provenientes de fontes externas, que podem indicar novos caminhos a seguir. Outra coisa a se considerar sempre é que os clientes estão cada vez mais atentos às informações que disponibilizam, por isso é importante criar mecanismos que tornem as relações transparentes e benéficas para todos.

Ei, e não se esqueça: nós ajudamos você a melhorar sua governança de dados!

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Edição: Svendla Chaves – Jornalista

Fotos: Gerd Altmann e Tumisu/Pixabay

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