A implantação do Lean Six Sigma oferece melhoria de processos e tem gerado economias de custo significativas em diversas áreas de indústria, comércio e serviços. Para obter bons resultados, no entanto, é preciso qualificação adequada e uma abordagem disciplinada. A natureza estatística do Lean Seis Sigma certamente exige enfrentar desafios em habilidades e gerenciamento de mudanças.
Apresentamos a seguir algumas dicas a fim de auxiliar aqueles que estão dando seus primeiros passos na metodologia. São requisitos obrigatórios para que as empresas implantem adequadamente e alcancem sucesso com o uso do Lean Six Sigma.
1. Implantação do Lean Six Sigma: engajamento da liderança
Primeiramente, a liderança deve reconhecer a implantação do Lean Six Sigma como uma estratégia de gerenciamento, em vez de usá-lo como uma ferramenta. Dessa maneira, haverá foco institucional na iniciativa e sinergia de recursos. A realização de projetos isolados em áreas específicas pode limitar a metodologia, provocando seu insucesso.
Por suas peculiaridades, a implantação do Lean Six Sigma depende fortemente do engajamento da alta direção. É pelo exemplo que as equipes aprenderão a incorporar essa nova cultura. Além disso, o compromisso dos líderes é fator indispensável para garantir a resiliência da iniciativa, já que os melhores resultados nem sempre estarão disponíveis no curto prazo.
2. Implantação do Lean Six Sigma: definindo o projeto
A definição da implantação do Lean Six Sigma deve ser embasada em três aspectos fundamentais: a satisfação do cliente, os critérios críticos para a qualidade e a vinculação aos objetivos de negócios. As áreas priorizadas devem alinhar-se com a estratégia da empresa, estando vinculadas com seu crescimento e lucratividade. Afinal, isso irá garantir a alocação de esforços e recursos necessários para obter êxito.
Avaliar a relação de custos e benefícios também é fundamental para decidir quais processos e projetos podem obter mais sucesso. A implantação do Lean Six Sigma deve reduzir os custos de má qualidade. Dessa forma, é preciso avaliar o que tem gerado retrabalho, desperdício de materiais e recursos e insatisfação nos clientes.
Há projetos e processos que obtém mais retorno com as mudanças feitas, então é necessário prever e mensurar esses benefícios. Por outro lado, algumas áreas podem ter mais dificuldades para trabalhar com a metodologia pela peculiaridade das operações. A cultura institucional costuma ser um fator limitador. Nesse sentido, é mais vantajoso iniciar pelas áreas que podem assimilar e disseminar a metodologia mais facilmente.
3. Implantação do Lean Six Sigma: de olho na equipe
Implantar Lean Six Sigma tem tudo a ver com cultura e comportamento. Isto é, o sucesso da iniciativa está menos na função de predição e mais na capacidade institucional de responder rapidamente a mudanças. Dessa forma, estar-se atento ao fator humano é essencial.
O plano de ação deve contemplar os aspectos necessários para gerenciar sua equipe. Primeiramente, é preciso capacitar os colaboradores e garantir que filosofia Lean seja bem compreendida. Em segundo lugar, o desafio é manter as equipes motivadas e focadas no objetivo comum. Os líderes devem envolver-se diretamente, bem como acompanhar o trabalho no chão de fábrica e oferecer suporte e assistência. Assim, poderão reconhecer os talentos existentes e direcioná-los conforme as necessidades da empresa.
De fato, implantar Lean Six Sigma significa dar e estimular a autonomia dos colaboradores. Eles devem sentir-se responsáveis pelos resultados e, ao mesmo tempo, amparados pela estrutura da empresa nessa missão. Uma estrutura de governança adequada pode ajudar a eliminar obstáculos que atrasem projeto. Também auxilia os profissionais a criar espaços de compartilhamento de melhores práticas e desafios comuns. Sem reuniões regulares ou produtivas ou sessões de revisão, o programa pode sair do curso e os funcionários podem não ter orientação.
4. Implantação do Lean Six Sigma: foco no DMAIC
É necessário que cada uma das fases da metodologia DMAIC seja cumprida rigorosamente, com o fim de atingir a máxima eficácia nos resultados. Antes de mais nada, sua lógica deve ser compreendida por líderes e equipes. Em seguida, deve ser transformada em um hábito organizacional, uma maneira automática de pensar e planejar.
Tanto quanto possível, as equipe devem apresentar as principais entregas em cada etapa, de acordo com a ordem estabelecida. Do mesmo modo, as ferramentas e conceitos estatísticos devem ser utilizados adequadamente. Essa firmeza é importante tanto para preservar a qualidade dos resultados obtidos quanto para que a prática se solidifique na cultura institucional.
5. Implantação do Lean Six Sigma: medir, medir, medir!
O que não pode ser medido não pode ser melhorado. Portanto, toda a metodologia do Lean Six Sigma está baseada nas medições. Assim, ao criar um sistema de medição, a empresa pode determinar seu desempenho-base e facilitar a tomada de decisões sobre resultados objetivos e suas variações.
É preciso lembrar que a medição é fator crítico durante toda o ciclo de qualquer projeto. Por exemplo, na implantação do Lean Six Sigma há dois focos iniciais: reduzir o lead time e/ou melhorar a qualidade de produtos e serviços. As definições de medição podem ser reavaliadas e ajustadas ao longo do processo, ou seja, recriando padrões a partir da evolução do trabalho.
6. Implantação do Lean Six Sigma: plano de longo prazo
Nas empresas que adotam o Lean Six Sigma, é comum haver certa decepção com a metodologia no médio prazo. No entanto, o motivo disso é que esta não é uma estratégia para resultados imediatos, que possa receber estímulo inicial e depois ser esquecida. E, infelizmente, é exatamente isso que costuma ocorrer.
Sem dúvida, o Lean Six Sigma pode oferecer excelentes resultados em sua implantação. Mas é no decorrer do tempo que a organização vai perceber as maiores vantagens da mudança de cultura. Além disso, um processo de revisão regular e eficaz deve ser seguido, analisando dados, sistemas de medição e ferramentas utilizadas. É preciso avaliar se as principais entregas são consistentes com a realidade da organização.
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Edição: Svendla Chaves – jornalista
Imagens: mindandi e katemangostar/Freepik
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.