Aprender a aprender é um conceito valioso para profissionais e empresas

Você precisa aprender a aprender!

  1. O desenvolvimento tecnológico tem acelerado a popularização de bens e serviços. Enquanto as coisas estão se tornando cada vez mais baratas, o conhecimento está se fazendo mais valioso. O capital intelectual já é tão valorizado quanto o capital financeiro, pois é ele que dá suporte ao desenvolvimento. Nesse cenário, o valor de um profissional ou de uma empresa estão diretamente ligados à capacidade de aprender a aprender. Conhecimento é poder.

Nas últimas décadas, a forma como vivemos se transformou em uma velocidade vertiginosa. Para acompanhar essas mudanças, é preciso estar em constante processo de aprendizagem. Não é à toa que visionários como Elon Musk, Steve Jobs e Mark Zuckerberg são citados como exemplos a seguir. Eles são modelos de empreendedores que, a partir de conhecimento e pesquisa, puderam elaborar negócios que revolucionaram seus mercados – e mesmo criar novos nichos quando estes não existiam.

Em um ambiente competitivo, é comum que dediquemos muito tempo e esforço para ganhar dinheiro. Essa batalha pode nos desviar da necessidade de constante aprimoramento. Aprender a aprender é a única forma de manter-se no ritmo das transformações que são decisivas para chegar ao sucesso. Adquirir conhecimento não pode ser visto como uma tarefa extra, algo a se fazer “quando sobrar tempo”. Essa capacidade deve fazer parte da rotina, ser mesmo a base sobre a qual se estruturam todas as atividades.

Aprender a aprender garante conhecimento para a vida

Lifelong learning é uma necessidade

Manter-se em constante aprendizagem é um fator fundamental na sociedade do conhecimento. O lifelong learning (aprendizado ao longo da vida) aponta que a formação educacional apenas na primeira parte da vida não é suficiente para os desafios que hoje enfrentamos. Dessa forma, é preciso elaborar caminhos próprios para aprimorar continuamente suas habilidades. Além da prática da leitura, é possível encontrar cursos presenciais e on-line para adquirir novos conhecimentos continuamente.

Vale lembrar que as habilidades que necessitamos não são apenas técnicas ou teóricas. Aprimorar nossas capacidades emocionais também tem grande importância tanto na prática laboral quanto na vida pessoal. Ser criativo, capaz de resolver problemas e de se relacionar com o outro são algumas dessas competências. Aprender a aprender também está entre elas.

Aprender a aprender significa ser hábil para buscar o conhecimento regularmente, a partir de suas próprias necessidades e objetivos. O primeiro passo é identificar suas competências intelectuais, emocionais e físicas, para desenvolver aquilo que é preciso para alcançar suas metas.

Há que se ter atenção com fatores como motivação, confiança e gosto pela aprendizagem, são eles que vão garantir um processo contínuo e eficaz. O lifelong learning não é estruturado como a educação que recebemos no colégio ou na faculdade. Ele é difuso e pode ser obtido de diversas fontes, dependendo primordialmente da vontade daquele que aprende.

Aprender a aprender: a regra das 5 horas

O mundo dos negócios tem exigido profissionais com capacidade de enxergar o futuro e de inovar. No entanto, a valorização da aprendizagem contínua não é exatamente uma novidade. Benjamin Franklin (1706-1790), três séculos atrás, já utilizava uma técnica útil para aprender a aprender. A “regra das 5 horas” está ancorada na ideia de reservar-se um momento diário de leitura e aprendizagem. Uma hora por dia, de segunda a sexta, para manter-se a par do que acontece no mundo, para estudar história, para desenvolver novas habilidades.

Nesse caminho, a disciplina é fator-chave. É fácil perder-se nas atividades cotidianas e relegar o estudo sempre para depois. Além da regularidade, vale dar atenção ao aproveitamento do conhecimento adquirido. Separe um tempo para refletir sobre o que leu, e procure experimentar na prática aquilo que for possível. Com o tempo, essas ações vão se tornar um costume, uma rotina em sua vida.

Bill Gates e Barack Obama são exemplos de líderes que, mesmo no topo de seus segmentos, mantiveram a leitura e a aprendizagem como uma atividade contínua e programada. Aprender a aprender é uma responsabilidade com o negócio que você gerencia e com seu próprio futuro. Profissionais que não mantém esse hábito são empurrados para a base da pirâmide laboral. Já virou clichê dizer que faltam pessoas capacitadas para ocupar cargos nas empresas, não é mesmo? Pois bem: se você hoje detém o conhecimento, se não se mantiver aprendendo, em cinco anos será um profissional defasado.

Aprender a aprender e a regra das 5 horas semanais

Empresas também devem aprender a aprender

Um empreendimento é um universo inesgotável de informação. Desde as práticas cotidianas que denotam o conhecimento tácito, até a gestão de dados que pode ajudar a desenhar cenários preditivos, são diversos os aspectos que podem ser transformados em aprendizagem contínua. Esse cuidado pode garantir a excelência operacional.

A metodologia Kata de melhoria contínua trabalha com esse preceito. A aprendizagem é convertida em hábito, a partir de rotinas de gerenciamento que se incorporam ao cotidiano de trabalho. Como já destacamos aqui, o sucesso do Lean depende fundamentalmente de que as empresas possam aprender a aprender.

Os imensos bancos de informações proporcionados pelo Big Data também são fonte de conhecimento. Dados, hoje, são poder – mas apenas se há competência para transformá-los em conhecimento. Esse deve um processo constante, de interpretação das informações disponibilizadas pela empresa e por seus clientes. Assim, é essencial investir em business intelligence e saber disseminar o conhecimento dentro da organização.

Como nosso cérebro pode aprender a aprender

A PhD Barbara Oakley já se tornou uma referência em práticas de aprendizagem. Criadora do curso “Aprendendo a aprender: ferramentas mentais poderosas para ajudá-lo a dominar assuntos difíceis”, ela explica neste TEDx Talk como funciona a aprendizagem em nosso cérebro.

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Edição: Svendla Chaves – jornalista

Imagens: Photoangel/Freepik, Gerd Altmann e Dariusz Sankowski/Pixabay