Rastreabilidade, certificação de origem, agricultura de precisão… estes são termos que não podem ser ignorados pelos gestores do agronegócio. Se o campo apresenta boas possibilidades em 2017, também é nele que há mais espaço para as tecnologias de ponta. Capazes de dar mais previsibilidade e aumentar a produtividade no agribusiness, essas ferramentas precisam ainda agregar qualidade de gestão.
As gigantes multinacionais sabem disso e já investem em tecnologia e gestão há mais de uma década. São os players de médio e grande porte do mercado nacional os que melhor podem se beneficiar neste momento. Responsável por 23% do PIB brasileiro em 2016, o agronegócio começou o ano com safra recorde. A produção deve superar R$ 200 bilhões de receita, com ganhos significativos acima da inflação. Isso é muita coisa, se pensarmos no momento recessivo que vivemos na economia!
Por outro lado, o setor precisa adequar-se ao mercado mundial – a agropecuária responde por quase metade das exportações nacionais. Isso significa atender a diferentes exigências internacionais para garantir a qualidade dos produtos. Também significa buscar altos padrões de competitividade, com planejamento estratégico e redução de custos.
No agronegócio, esses aspectos envolvem estudos de clima, solo, georreferenciamento, biogenética, gestão de água e energia, entre outros aspectos. Se o setor se expandiu a partir de conhecimentos tradicionais, hoje é a ciência que oportuniza sua profissionalização.
Tecnologia para o agronegócio
De olho nessas tendências, se fortalecem as agritechs, empresas e consultorias que apostam no desenvolvimento tecnológico para o campo. Oferecendo uma série de serviços e ferramentas, têm ganhado destaque no mercado de startups, por se voltarem ao setor hoje mais forte na economia brasileira, que se apresenta ainda como greenfield no que tange a várias tecnologias.
As inovações em geral estão associadas a elevação relevante de produtividade ou qualidade. Fatores antes trabalhados no ritmo da natureza, como tempos de plantio, hoje são resolvidos no computador ou no laboratório.
Na agricultura de precisão, culturas e solo são monitorados em tempo real por meio de sensores, drones e satélites. As informações são cruzadas com dados de clima, condições de equipamentos e outros fatores relacionados ao agronegócio. Assim, geram uma produção alta e de boa qualidade, aumentando a lucratividade.
Em todos os casos, se somam Big Data, Internet das Coisas e outros recursos a business intelligence e excelência operacional. Embora todos esses termos não pareçam muito comuns no agronegócio, são eles que estão levando o campo a uma condição high tech: mais produtividade, mais qualidade, mais lucro.
Qualidade de gestão no campo
A transformação do agronegócio passa em grande parte pela profissionalização da gestão. Se consolida uma nova geração de agroadministradores, mais bem capacitados e querendo mostrar serviço. A tecnologia também bate à porta. Estará nosso agronegócio então alinhado à excelência operacional?
Acreditamos que ainda não. Por mais que já apresente um importante avanço na aplicação de conceitos de tecnologia e gestão, ainda há muito a ser feito para realmente se alcançar um padrão de excelência operacional no agronegócio. Há equipamentos de ponta na colheita, mas ainda faltam conceitos de ponta na administração. Ou seja, muitas vezes se inova no maquinário, mas se está atrasado na estrutura organizacional.
De toda forma, a pressão vem. No setor de commodities, reduzir custos é imperativo. Quem quer crescer precisa investir em manufatura e processamento agrícola, setor avançado em aspectos de conformidade. Exigências sanitárias e legais também trazem desafios, bem como a competitividade no mercado internacional. O Brasil é o celeiro do mundo, e grandes investidores (China, Rússia, Dinamarca, entre outros) têm aportado junto ao nosso mercado. Assim, não é possível que o agronegócio deixe de se capacitar rapidamente em gestão.
Conciliar todos esses fatores – tecnologia, gestão e mercado – é o que acreditamos como melhor caminho para o desenvolvimento do agronegócio nacional. Para tanto, é preciso que os agrogestores acreditem na tecnologia, mas também invistam fortemente em excelência operacional. Se não for assim, muito dinheiro pode ser enterrado, sem que renda uma boa colheita.
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Edição: Svendla Chaves – Jornalista
Imagens: Sasin Tipchai e Felixioncool/Pixabay
Profissional de Excelência Operacional e Business Intelligence!
Sou um eterno aprendiz ou seja um pseudo-Engenheiro e Administrador de Empresas, embora nunca tenha sido um exemplo de “excelência” em Matemática, ao longo dos anos passo a maior parte do meu tempo tentando aprender a mesma e, particularmente, a estatística uma vez que, salvo muito engano, é ela que rege nossas vidas na busca da Excelência seja como pessoa ou como profissional.
3 thoughts on “Tecnologia e gestão são futuro do agronegócio”
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