Internet das Coisas está revolucionando o agronegócio

Internet das Coisas: impactos que revolucionam o agronegócio

Um lugar em que, plantando, tudo dá. Assim ficaram conhecidas as terras brasileiras desde o seu descobrimento pelos portugueses, em 1500. Isso, na verdade, já sabiam os indígenas que aqui habitavam. Nesses séculos, no entanto, a população mundial cresceu e a ciência evoluiu, demandando da natureza muito mais matéria-prima. É aí que a tecnologia vem para maximizar a produção, tanto em quantidade quanto em qualidade. É aí também que a Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things) mostra um de seus principais valores.

Da agricultura extensiva e de caráter familiar, nosso país se desenvolveu como celeiro do mundo. O imenso território e as peculiaridades do clima tropical deram margem à experimentação. A riqueza da vegetação segue atraindo a atenção internacional. Mesmo já sendo um dos principais produtores mundiais, o Brasil ainda apresenta um grande potencial ainda por ser utilizado.

Nesse cenário, a tecnologia é parceira fundamental para oferecer o desenvolvimento no campo. Dificuldades históricas e ainda não superadas, como variações climáticas e pragas, podem ser dirimidas com o uso da Internet das Coisas. A IoT serve ainda para fazer mais com menos, melhorando a produtividade e a qualidade do que cresce na lavoura. Mais: todos os elos da cadeia podem se beneficiar dos avanços recentes nessa área. Acompanhe a seguir três fortes impactos da IoT no campo.

Internet das Coisas na agricultura de precisão

A Internet das Coisas é baseada em sensores e outros dispositivos que coletam informações da produção e da execução de tarefas, transmitindo dados para um sistema de Big Data. Este é responsável por sistematizar as informações e encontrar padrões que indiquem soluções. Várias são as aplicações na agricultura. Um drone, por exemplo, é capaz de acompanhar o crescimento das plantas e orientar a colheita.

Em expansão no Brasil desde a virada do século, a agricultura de precisão tem seu foco na variabilidade espacial das lavouras. Solo, água e clima são fatores analisados. Atua, ainda, no aprimoramento tecnológico das máquinas agrícolas. No primeiro caso, o foco é mapear variações, causas e soluções. Os mapas de produtividade indicam as áreas com melhor e pior aproveitamento. Algoritmos ajudam a indicar os motivos desse desempenho, gerando mapas de diagnóstico e recomendações.

A outra faceta do trabalho se aplica às máquinas: colheitadeiras, tratores, pulverizadores. Equipamentos com sensores e piloto-automático reduzem custos e executam tarefas de forma mais eficiente e precisa. Reunindo as duas atuações, é possível fertilizar o solo, semear e colher obtendo maior produtividade e menos custo.

Drone da Optim atua no controle de pragas

Controle de pragas

Solo fértil, semente perfeita (graças à biotecnologia), colheita ajustada. Nessa equação, ainda falta um elemento: o controle de pragas. Se a agricultura de precisão já evoluiu muito nos primeiros fatores, ainda tem muito a desenvolver neste último.

Drones capazes de aplicar defensivos agrícolas com mais rigor já estão sendo utilizados no Japão. Com sensores, câmeras e recursos de infravermelho, os dispositivos localizam e combatem os focos de infestação. Assim, há menos contaminação química, mais resolutividade e menor custo.

Nos Estados Unidos, outra iniciativa oferece armadilhas monitoradas para a captura de animais que prejudicam a lavoura. Conectadas à internet, as jaulas indicam quando houve o aprisionamento de algum animal – que não é prejudicado e pode ser devolvido a áreas adequadas. A tecnologia evita que o monitoramento das armadilhas exija o dispêndio de técnicos e veículos sem necessidade.

Logística também é facilitada pela Internet das Coisas

Como já tratamos aqui no Excelência em Pauta, o transporte de cargas ainda é um dos gargalos da produção nacional. A Internet das Coisas também já está revolucionando essa realidade. Basta lembrar do Waze…

O valor da IoT para o agronegócio vai além de manter a estrada livre. Sua tecnologia tem papel fundamental na preservação de perecíveis. O monitoramento de temperatura, de movimento, de umidade, entre outros fatores, garante o armazenamento e a entrega dos produtos em sua melhor forma. Especialmente, reduz de maneira drástica, as perdas do setor.

A identificação por radiofrequência (RFID) diminui a intervenção humana, dando mais exatidão ao controle de ativos, por localização e rastreamento. Aspectos como segurança, eficiência e redução de prazoes também se destacam na gestão da frota.

Para onde vamos?

Entre os desafios para a utilização da Internet das Coisas no campo está a própria expansão e qualidade da internet no Brasil, principalmente em áreas remotas. Por outro lado, muitos dados estão sendo coletados com diferentes parâmetros. O Big Data do agronegócio ainda precisa ser aperfeiçoado, buscando sua organização para a elaboração de mapas precisos. Tão importante quanto tudo isso é a necessidade de qualidade de gestão. Sensores e máquinas não são capazes de, sozinhos, oferecer excelência operacional.

Pelas características da produção e da economia nacional (que, mesmo abalada, segue tendo forte relevância internacional), o Brasil pode se destacar na pesquisa e na utilização da Internet das Coisas. Em elaboração pelo governo federal, o Plano Nacional de IoT deve incluir a agricultura entre suas prioridades. Já existem também iniciativas de apoio às agritechs, startups voltadas ao setor. Fique de olho!

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Edição: Svendla Chaves – jornalista

Imagens: Vuesduciel/Pixabay e divulgação Optim

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